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Como contribuir?

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CNPJ: 09.509.009/0001-05

Titular: Instituto Ágape de Evangelismo e Missões

Chaves PIX:

09.509.009/0001-05

comunidadecristadacidade@gmail.com

(O Instituto Ágape apoia a Comunidade Cristã da Cidade em questões administrativas)

Por que contribuir?

A relação entre religião e finanças tem sido alvo de intensas discussões na atualidade. Embora existam inúmeros bons exemplos de uso dos recursos advindos de ofertas ou doações pelas comunidades cristãs, há também exemplos que são reprováveis, seja por uso impróprio dos recursos ou porque o ensino teológico adotado por certas comunidades se afasta dos princípios bíblicos.

Especialmente, nos afastamos dos ensinos da popular Teologia da Prosperidade, que deposita uma ênfase muito forte no sucesso pessoal e na aquisição de riquezas, estimulando as pessoas a realizarem grandes doações financeiras ao dizerem que, assim, Deus as tornará ricas. Por outro lado, a Bíblia é clara quanto ao fato de que Deus abençoa a generosidade, a justiça, a boa gestão, a misericórdia e o trabalho, dando promessas de prosperidade às sociedades que se pautarem por esses princípios.


Vemos nas Escrituras uma "bússola", que nos aponta para uma direção nesse assunto.

1) Os recursos financeiros, a vida em comunidade e a Bíblia

Nosso relacionamento com Deus não depende do dinheiro ou de qualquer recurso material. A salvação e a comunhão com Deus dependem da graça divina e de nossa fé nEle, tendo em Cristo o novo e vivo caminho (Efésios 2.8-9; Hebreus 10.19-23).

No entanto, o dinheiro possui um valor instrumental, pois viabiliza a realização de nossos propósitos, vocações e projetos, enfim, de nossa missão. Não conseguiremos socorrer os necessitados, amparar os aflitos e anunciar a salvação que há em Cristo (veja, por exemplo, Lucas 4.18-19; Mateus 28.18-20; Tiago 1.27) sem que haja um apoio material e financeiro. Assim encontramos nos exemplos bíblicos de Jesus, de Paulo e das primeiras comunidades cristãs.

 

a) Jesus e os apóstolos eram sustentados por pessoas que haviam crido na mensagem ou sido abençoadas de algum modo. Por exemplo, Lucas 8.1-3 narra que algumas mulheres os sustentavam com os seus bens. 

b) Em Lucas 7.36-50, encontramos a história de uma mulher, considerada uma pecadora pela sociedade, foi até a Jesus e derramou um óleo perfumado aos seus pés, honrando-o. Jesus recebeu esse presente (que certamente trouxe a ele algum conforto para continuar a sua jornada) e elogiou a sua atitude. Semelhante ato foi praticado por Maria de Betânia. João 12.1-11 relata que o óleo derramado era valioso, equivalente a 300 dias de trabalho de um trabalhador braçal (a esse respeito, ver nota de rodapé da Bíblia NVI). Tais atos foram mais que uma doação; foram adoração!

c) Paulo foi sustentado por diferentes pessoas e comunidades cristãs para a realização de sua vocação missionária. Isso pode ser visto, por exemplo, em Romanos 15.23-24, 2 Coríntios 11.8 e Filipenses 4.14-19. No texto de 1 Coríntios 9.1-18, Paulo ressalta que é direito dos que pregam o Evangelho viverem do Evangelho, embora ele, naquela ocasião, preferisse não usar dessa prerrogativa.

d) Os cristãos de Jerusalém ofertavam dinheiro e bens à comunidade em que estavam, para distribuição conforme as necessidades de cada um (Atos 2.45, 4.34-35).

e) Cristãos contribuíam para socorrer pessoas necessitadas, a exemplo da distribuição de alimentos pela igreja de Jerusalém (Atos 6.1) e das contribuições enviadas pelas igrejas da Macedônia e da Acaia a Jerusalém e à Judeia (Romanos 15.26-28; 2 Coríntios 8.1-9.5).

f) Viúvas desprovidas de recursos deveriam ser sustentadas pela igreja, assim como os anciãos (presbíteros), sobretudo os que se dedicavam à pregação e ao ensino (1 Timóteo 5.1-18).

 

Esses exemplos revelam que, de acordo com o ensino e a prática dos primeiros cristãos, contribuir com recursos financeiros e materiais para o cumprimento da missão da igreja é uma atitude que agrada a Deus e que faz parte da vida em comunidade. Ao ofertarmos, demonstramos nosso amor a Deus e ao próximo!

Além disso, individualmente e como comunidade, não podemos nos orientar por valores egoístas, como a preocupação apenas com nossos problemas pessoais (avareza) e a acumulação desenfreada de riqueza (ganância). Essas atitudes são uma forma de idolatria, de tal modo que Jesus nos apresenta dois caminhos: servir a Deus ou servir às riquezas (Mateus 6.24 - nesse texto, as riquezas são chamadas também de "Mamon": uma palavra de origem caldeia, relacionada à riqueza, mas em especial, à avareza e ganância). A tentação para vivermos de acordo com a ganância e a avareza são muito presentes no mundo moderno, e precisamos resisti-las ou, se não conseguirmos, devemos fugir delas!

Mas como fazer isso? A resposta é simples: é preciso amar a Deus e ao próximo não apenas em palavras e intenções, mas também por meio de ações. Quando alguém oferta a Deus, está, de um lado, superando aqueles valores egoístas e vencendo o mal, e de outro, desenvolvendo a generosidade e a compaixão ("melhor é dar que receber", disse Jesus - Atos 20.35). Como nos ensina a Bíblia: somos chamados para fazer boas obras! (Gálatas 6.9-10; Efésios 2.10; Hebreus 10.24).

Na Aliança que Deus estabeleceu com o povo de Israel no Monte Sinai (conhecida como Aliança Sinaítica, Aliança da Lei ou Antiga Aliança), havia o sistema dos dízimos (que, literalmente, significa a décima parte ou 10%), pelo qual os judeus eram instruídos a contribuir com uma parte de suas riquezas a Deus. As contribuições eram utilizadas para diversos fins: uma parte deveria ser obrigatoriamente consumida em uma celebração que a própria família realizaria para si; outra parte era usada para sustentar os que serviam no Templo (sobre esse tema, ver Deuteronômio 14.22-29 e Malaquias 3.6-12), além dos necessitados (órfãos, viúvas e estrangeiros). Enfim, havia diferentes propósitos, mas em tudo os judeus louvavam a Deus e reconheciam que de Deus vinham todo o sustento e toda a riqueza.

No ensino de Jesus e dos Apóstolos para a Igreja, não há uma instrução específica que estabeleça o dízimo como um mandamento ou ordenança. Todavia, isso não significa que não há necessidade de fazermos contribuições. Se observarmos a prática dos primeiros cristãos, vemos no exemplo da comunidade cristã em Jerusalém (mencionado acima) que muitos chegavam a vender e doar suas propriedades em uma atitude de adoração e para o desenvolvimento dos propósitos da comunidade (Atos 4.32-37). E esse era um assunto sério, pois Ananias e Safira, ao mentirem sobre o que estavam ofertando, sofreram um juízo severo da parte de Deus (Atos 5.1-11).

Concluímos, portanto, que as acusações que são feitas contra as igrejas e organizações cristãs ou contra instituições que se dizem cristãs, apesar de encontrarem fundamentos em variados casos, não podem inibir as pessoas de apresentarem a Deus suas ofertas, contribuindo em boas causas e nas comunidades cristãs. Cabe a cada comunidade realizar uma autocrítica, buscando ensinar corretamente o que diz a Bíblia sobre as finanças e procurando aplicar corretamente os recursos de acordo com os princípios e propósitos bíblicos, dando um bom testemunho aos de fora.

Temos, na segunda Carta de Paulo aos Coríntios, uma clara instrução sobre como lidar corretamente com os recursos financeiros na Igreja.


2) O ensino do Novo Testamento sobre as contribuições financeiras na Igreja

Ao instruir a Igreja que estava em Corinto, Paulo orienta os irmãos a contribuírem generosamente. Abaixo algumas considerações sobre o texto de 2 Coríntios 9.6-15.

A leitura do texto nos mostra que era fundamental que cada pessoa fizesse um compromisso pessoal diante Deus quanto à sua oferta pessoal, não porque estava sendo coagido a contribuir, mas porque entendia a importância da contribuição e queria honrar a Deus também na área financeira de sua vida, alegrando-se por isso. O princípio básico está no versículo 7: "Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria".

Em razão das contribuições de cada cristão, o Evangelho continuaria a ser pregado e muitas pessoas seriam transformadas a partir da mensagem anunciada. Além disso, as necessidades materiais de muitas pessoas seriam também supridas. Por isso, quem contribuia financeiramente participava do serviço que estava sendo realizado, seja na área social ou na pregação do Evangelho.

Embora não pareça ser a motivação principal do coração generoso a recompensa, o texto nos mostra que haveria dois tipos de recompensa para quem contribuísse:

 

a) O suprimento de Deus, estabelecendo-se um "ciclo de bênçãos", ou ainda, uma "corrente do bem": Deus me abençoa com recursos materiais para que eu abençoe outras pessoas - somos abençoados para abençoar!

 

"6. Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente.
7. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.
8. E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.
9. Como está escrito: "Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua justiça dura para sempre".
10. Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhes suprirá e aumentará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça.
11. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus."


b) A alegria de ver os resultados da contribuição e a gratidão das pessoas beneficiadas pela contribuição.

 

"12. O serviço ministerial que vocês estão realizando não está apenas suprindo as necessidades do povo de Deus, mas também transbordando em muitas expressões de gratidão a Deus.
13. Por meio dessa prova de serviço ministerial, outros louvarão a Deus pela obediência que acompanha a confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade de vocês em compartilhar seus bens com eles e com todos os outros.
14. E nas orações que fazem por vocês, eles estarão cheios de amor por vocês, por causa da insuperável graça que Deus tem dado a vocês.
15. Graças a Deus por seu dom indescritível!"

 

O Novo Testamento nos ensina, portanto, que cada cristão tem o privilégio e a responsabilidade de contribuir com recursos materiais e/ou financeiros para o bem de sua própria comunidade e para o desenvolvimento da missão cristã no mundo. Isso inclui especialmente o socorro aos necessitados (tanto dentro da própria comunidade quanto de fora dela - Gálatas 6.9-10) e o apoio à pregação do Evangelho.


3) A Comunidade Cristã da Cidade - cCc e os recursos financeiros

Embora o dinheiro e a prosperidade financeira não sejam a ênfase de nosso ensino e de nossa vida como cCc, entendemos que os recursos financeiros e materiais são uma parte importante de nossa fé e prática, pois viabilizam a realização de nossos propósitos cristãos (sobretudo a pregação do Evangelho e ações de misericórdia no campo social).

Nesse sentido, cada membro da comunidade é orientado a honrar a Deus com seus recursos financeiros, sendo generoso e misericordioso, para que, a partir das bênçãos que temos recebido, possamos abençoar os outros. Não temos uma regra estabelecida para o quanto cada pessoa deve contribuir, mas é recomendável que cada um se apresente diante de Deus e defina um valor que seja generoso e relevante, e que coloque isso como prioridade em seu orçamento mensal. Não podemos ofertar a Deus o resto ou o que sobra!

Essa foi a atitude de Caim no início, diferentemente de Abel: enquanto Abel levou ao Senhor "as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho", Caim levou "do fruto da terra uma oferta ao Senhor" (Gênesis 4.2-5). O texto afirma que Deus aceitou "Abel e sua oferta", mas "não aceitou Caim e sua oferta". Qual o problema de Caim? O problema não estava no tipo da oferta e talvez nem mesmo na quantidade. Antes, o problema estava na motivação e na atitude: Abel levou uma oferta que era para ele relevante, importante ("partes gordas"), e fez isso em primeiro lugar, apresentando a Deus as primícias ("primeiras crias"). Já Caim, ao contrário, levou apenas "uma oferta", qualquer oferta; não era uma oferta especial, não era relevante, não foram os primeiros frutos da terra, não foi da primeira colheita.

E você, qual tem sido a sua atitude? Você tem ofertado? Como tem ofertado?

Aqui vão algumas perguntas para reflexão:

 

- Você tem ofertado algo importante, algo relevante em seu orçamento mensal e anual?


- Você estabelece isso como uma prioridade?


- Ou se trata apenas de uma parte daquilo que sobra? Isto é, depois de fazer tudo o que é necessário e desejado, você verifica se sobrou algo e disso retira uma oferta?


- Em que posição a oferta está em seu planejamento orçamentário: é o primeiro ou um dos primeiros itens, ou é um dos últimos?


- Qual é a sua visão, sua motivação e sua atitude em relação às ofertas?

 

É preciso fazer a coisa certa com a motivação certa! Deus não apenas nos orienta a doarmos algo, ele nos ensina a fazermos isso com fé, gratidão e generosidade. Não basta a ação de doar, é preciso fazer de coração! Veja o caso da viúva pobre: muitos ricos faziam grandes doações, mas do que sobrava (isto é, a oferta não era significativa proporcionalmente à sua riqueza); a viúva deu o que tinha. Maior foi sua oferta do que todas as demais! Ela não deu o resto, mas sim algo que lhe era importante (Lucas 21.1-4).


4) O parâmetro 80/20 da Comunidade Cristã da Cidade - cCc

Relativamente às ofertas que são destinadas à cCc, temos buscado cumprir o seguinte parâmetro (com eventuais variações): 80/20. Isto é, 80% dos recursos que são ofertados na cCc são posteriormente aplicados em ações de evangelização, plantação de igrejas, missões transculturais e semelhantes, assim como a projetos e ações no campo social e assistencial, seja o socorro a pessoas famintas, abrigo a moradores de rua, sustento de famílias carentes, promoção da educação e saúde, entre outros. Por sua vez, os 20% restantes são aplicados na manutenção da própria comunidade, para suprir necessidades internas (equipamentos, aluguéis, eventos, etc.).

Trata-se de um compromisso que fazemos como comunidade, buscando priorizar mais o a avanço do Evangelho e a promoção do bem-estar de pessoas do que a satisfação de nossas necessidades e interesses locais.

Além disso, não há, no quadro atual de nossos membros, qualquer pessoa remunerada pela cCc, sendo todos voluntários no serviço que fazem.

 

Considerações finais

 

A oferta não é apenas uma doação: é um ato de fé e fidelidade! Quando o cristão contribui, ele não apenas faz uma boa ação: trata-se de um ato de adoração e gratidão a Deus, pois reconhecemos dEle dependemos e que é Ele quem nos sustenta.

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